A foto mais antiga que se conhece do Edificio da Câmara Municipal de Gondomar
03 abril 2013
10 junho 2010
Cavalete do poço de S. Vicente
Cavalete do Poço de São Vicente
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cavalete do Poço de São Vicente - São Pedro da Cova, Gondomar / Portugal
O Cavalete do Poço de S. Vicente é, não obstante o seu estado de degradação, o Ex-líbris de São Pedro da Cova e um dos elementos edificados mais relevantes para a conservação da memória histórica das minas de carvão que, durante cerca de 17 décadas, fizeram da freguesia um centro industrial de inquestionável valor para a economia nacional
Considerações Arquitectónicas
O Cavalete do Poço de S. Vicente é uma construção digna de classificação não só como edificação industrial de grande interesse, (…) mas como elemento de um conjunto com grande valor paisagístico.
Considerações Técnicas
Algumas zonas ou a toda a extensão, fortemente deteriorada; A deterioração consiste, sobretudo, na oxidação dos varões da armadura; Fendilhação e descasque do betão envolvente; Manchas de cor amarela, possivelmente devido à humidade. A estrutura apresenta-se, portanto, susceptível de ser reparada, como convém, face à sua originalidade, material utilizado e importância das dimensões
Classificação Patrimonial
No dia 19 de Março de 2010, na sequência das várias acções do Movimento Cívico em Defesa do Património Histórico-cultural de S. Pedro da Cova, o Cavalete do Poço de São Vicente foi classificado como monumento de interesse público (MIP) e a instalação do Couto Mineiro, freguesia de São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, distrito do Porto, foi fixada como a respectiva zona especial de protecção, conforme publicação no Diário da República (Portaria n.º 221/2010):
"A classificação do cavalete de extracção de carvão e instalações do poço de São Vicente da Mina de São Pedro da Cova justifica-se pelo valor histórico, técnico-construtivo e social. O cavalete e toda a paisagem do antigo couto constituem hoje o principal suporte de memória da importante actividade mineira que se desenvolveu desde o início do século XIX em São Pedro da Cova. As instalações do antigo couto mineiro evocam o mundo duro do trabalho nas minas e são por isso um verdadeiro monumento ao trabalho. Releva-se o impacte cenográfico, a raridade e a exemplaridade do cavalete em betão armado, construído em 1934 com 38 m de altura, exemplar notável de construção industrial que atesta a elevada qualidade e capacidade de concretização da engenharia nacional.”
27 agosto 2007
Monte Crasto
Envolvido por uma extensa vegetação e sentado sobre enormes penedos que fazem dele o local mais alto de Gondomar, o Monte Crasto oferece aquilo que de melhor há na Natureza. Lá no alto, do miradouro avistam-se paisagens de contrastes, com o azul do céu como pano de fundo.
São 194 metros de extensa vegetação, ideais para um passeio a pé ou de bicicleta, um piquenique ou um simples refúgio para esquecer, por momentos, da rotina e da pressão a que estamos sujeitos diariamente. Em pleno centro de Gondomar, na freguesia de S. Cosme, onde o rio se une com a serra, ergue-se o Monte Crasto, uma fortaleza natural, excepcional erupção de uma natureza exuberante e celebrada.
Trata-se de um espaço verde de recreio com bela panorâmica – central numa “cidade suburbana” – pertença da Confraria de Santo Isidoro, que se tem empenhado para manter incólumes as capacidades ecológicas daquela zona.
A ela se devem melhoramentos como a reparação da torre, com a nova escada de caracol em cimento, a construção da nova capela e da gruta, que dá um tom pitoresco ao acesso à esplanada, e ainda a plantação de centenas de novas árvores de diversas espécies e arruamentos de canteiros floridos.
O Monte Crasto tem conseguido vencer a pressão urbanística na sua envolvente e mantém-se desde o século XIX, altura em que a propriedade foi doada à confraria, como o principal “pulmão” da urbe gondomarense.
Local com história
Lá no alto, no terreiro, o Monte Crasto torna-se um dos principais miradouros, de onde se podem alcançar vistas deslumbrantes sobre o rio Douro e balançar o olhar a outras terras e outras gentes. Ali Gondomar, Porto e Vila Nova de Gaia unem-se numa única paisagem de contrastes.
Mas também de arte e de história se faz este ex-libris de Gondomar. Assentando sobre os enormes penedos que defendem a Capela de Santo Isidoro é também um ponto de partida para uma visita pela arte de uma arquitectura de gerações. Defronte à capela, podemos ver cruzeiros laterais datados de 1757 e um central de 1759. Pelo parque, depressa nos deparamos com grutas e canteiros românticos que convidam a uma visita ou contemplação.
Por aqui também passaram os romanos que deixaram vestígios da sua passagem e do primeiro desenvolvimento da região, notando-se sinais de fortificação do Monte Crasto, assim como diversos objectos e utensílios que aí tem sido descobertos.
A “Sintra do Norte”
O Monte Crasto constitui assim, um apelo irresistível a todos os que o visitam e um lugar de memórias e de histórias para os gondomarenses. Para ali converge a romaria anual da festa de Santo Isidoro, uma das mais antigas e concorridas do concelho de Gondomar e que, em tempos já distantes, reunia gentes de todo o distrito do Porto.
Chamado de “Sintra do Norte”, este recôndito e altaneiro local é um verdadeiro escape aos grandes bulícios da era moderna.
Se estiver em boa forma física, não hesite em subi-lo a pé, usufruindo de perto todos os prazeres que a Natureza oferece. Até porque, ao longo do trajecto existem recantos bem frescos, que proporcionam pequenos períodos de repouso ente o verde que envolve o Monte Crasto.
In “Jornal de Noticias” de 24 de Agosto de 2007
São 194 metros de extensa vegetação, ideais para um passeio a pé ou de bicicleta, um piquenique ou um simples refúgio para esquecer, por momentos, da rotina e da pressão a que estamos sujeitos diariamente. Em pleno centro de Gondomar, na freguesia de S. Cosme, onde o rio se une com a serra, ergue-se o Monte Crasto, uma fortaleza natural, excepcional erupção de uma natureza exuberante e celebrada.
Trata-se de um espaço verde de recreio com bela panorâmica – central numa “cidade suburbana” – pertença da Confraria de Santo Isidoro, que se tem empenhado para manter incólumes as capacidades ecológicas daquela zona.
A ela se devem melhoramentos como a reparação da torre, com a nova escada de caracol em cimento, a construção da nova capela e da gruta, que dá um tom pitoresco ao acesso à esplanada, e ainda a plantação de centenas de novas árvores de diversas espécies e arruamentos de canteiros floridos.
O Monte Crasto tem conseguido vencer a pressão urbanística na sua envolvente e mantém-se desde o século XIX, altura em que a propriedade foi doada à confraria, como o principal “pulmão” da urbe gondomarense.
Local com história
Lá no alto, no terreiro, o Monte Crasto torna-se um dos principais miradouros, de onde se podem alcançar vistas deslumbrantes sobre o rio Douro e balançar o olhar a outras terras e outras gentes. Ali Gondomar, Porto e Vila Nova de Gaia unem-se numa única paisagem de contrastes.
Mas também de arte e de história se faz este ex-libris de Gondomar. Assentando sobre os enormes penedos que defendem a Capela de Santo Isidoro é também um ponto de partida para uma visita pela arte de uma arquitectura de gerações. Defronte à capela, podemos ver cruzeiros laterais datados de 1757 e um central de 1759. Pelo parque, depressa nos deparamos com grutas e canteiros românticos que convidam a uma visita ou contemplação.
Por aqui também passaram os romanos que deixaram vestígios da sua passagem e do primeiro desenvolvimento da região, notando-se sinais de fortificação do Monte Crasto, assim como diversos objectos e utensílios que aí tem sido descobertos.
A “Sintra do Norte”
O Monte Crasto constitui assim, um apelo irresistível a todos os que o visitam e um lugar de memórias e de histórias para os gondomarenses. Para ali converge a romaria anual da festa de Santo Isidoro, uma das mais antigas e concorridas do concelho de Gondomar e que, em tempos já distantes, reunia gentes de todo o distrito do Porto.
Chamado de “Sintra do Norte”, este recôndito e altaneiro local é um verdadeiro escape aos grandes bulícios da era moderna.
Se estiver em boa forma física, não hesite em subi-lo a pé, usufruindo de perto todos os prazeres que a Natureza oferece. Até porque, ao longo do trajecto existem recantos bem frescos, que proporcionam pequenos períodos de repouso ente o verde que envolve o Monte Crasto.
In “Jornal de Noticias” de 24 de Agosto de 2007
12 julho 2007
11 julho 2007
A lenda dos Mouros de Melres
Conta a minha avó que, em tempos antigos, os mouros habitavam a Serra das Banjas, que pertence, hoje à freguesia de Melres. A minha terra.
Viviam nas minas que aí fizeram e onde dizia o povo haver ouro. Mas, as pessoas, não podiam lá entrar, porque, se o fizessem ficavam encantadas.
E, como as pessoas desse tempo tinham medo dos mouros, resolveram inventar uma maneira de os expulsar. Então arranjaram um rebanho de cabras. Mandaram o rebanho com essas luzes pela serra fora e os mouros, quando viram semelhane coisa tiveram medoi e fugiram.
Rosalina Garcês, 12 anos, in Lendas de Gondomar, 1ª Edição
Câmara Municipal de Gondomar - Pelouro da Cultura
03 abril 2006
Lenda da Senhora do Vale
Remonta a lenda a tempos recuados, tão recuados, que o único meio de transporte para se chegar à cidade do Porto eram os barcos rabelos que tudo transportavam.
Contudo, a sua principal actividade era o transporte do monte, que se compunha de moliço e carqueja, cortado pelas monteiras que se levantavam ao romper da aurora e o traziam até à margem do rio, mais precisamente à praia da Lixa.
Aí, era carregado para os barcos que o levavam para o Porto, onde servia de combustível nos fornos de cozer o pão.
Um dia, quando faziam uma dessas entregas uma padaria, os Homens deste lugar repararam que, no meio da lenha que ia ser queimada no forno, se encontrava uma imagem de Nossa Senhora.
Como bons cristãos e homens de fé, ao verem uma imagem de Nossa Senhora prestes a ser queimada, julgaram ser seu dever não permitir que tamanho sacrilégio fosse cometido, tendo pedido que lhes fosse dada a imagem em troca de um carro de lenha.
Com bastante dificuldade, carregaram-na para o barco e lançaram-se rio acima.
Diz a lenda que, nesse dia, estava muito mau tempo, caíam grandes chuvadas e o vento era muito forte de Noroeste.
Eis que acontece algo de sobrenatural...
Enquanto as outras embarcações se debatiam com as ondas e os ventos, o barco onde se encontrava a imagem descoberta viajava sem dificuldades sobre as águas e a uma velocidade superior à dos outros.
Os homens, ao aperceberem-se que algo de anormal se passava, atribuíram-no ao facto de no seu barco viajar o precioso achado.
Foi então que a baptizaram com o nome de Nossa Senhora do Vale, visto que os homens que a tinham salvo pertenciam à família Vale.
Mas não acabou aqui a lenda desta imagem um pouco tosca, mas bela de Nossa Senhora, que foi trazida para a Capela de Leverinho e aí depositada. Daí saiu algumas vezes em procissão, mas devido ao seu porte e peso resolveram, então, que deveriam despedaçar-lhe as costas, tornando-a oca, para que o seu transporte fosse mais fácil.
Além deste acto de crueldade, a imagem foi dada como profanada por não ser reconhecida por nenhum pároco ou bispo e não se saber qual a sua proveniência.
Neste momento, encontra-se na Sacristia da Capela de Leverinho e lá permaneceu todos estes anos no anonimato.
Contudo, a sua principal actividade era o transporte do monte, que se compunha de moliço e carqueja, cortado pelas monteiras que se levantavam ao romper da aurora e o traziam até à margem do rio, mais precisamente à praia da Lixa.
Aí, era carregado para os barcos que o levavam para o Porto, onde servia de combustível nos fornos de cozer o pão.
Um dia, quando faziam uma dessas entregas uma padaria, os Homens deste lugar repararam que, no meio da lenha que ia ser queimada no forno, se encontrava uma imagem de Nossa Senhora.
Como bons cristãos e homens de fé, ao verem uma imagem de Nossa Senhora prestes a ser queimada, julgaram ser seu dever não permitir que tamanho sacrilégio fosse cometido, tendo pedido que lhes fosse dada a imagem em troca de um carro de lenha.
Com bastante dificuldade, carregaram-na para o barco e lançaram-se rio acima.
Diz a lenda que, nesse dia, estava muito mau tempo, caíam grandes chuvadas e o vento era muito forte de Noroeste.
Eis que acontece algo de sobrenatural...
Enquanto as outras embarcações se debatiam com as ondas e os ventos, o barco onde se encontrava a imagem descoberta viajava sem dificuldades sobre as águas e a uma velocidade superior à dos outros.
Os homens, ao aperceberem-se que algo de anormal se passava, atribuíram-no ao facto de no seu barco viajar o precioso achado.
Foi então que a baptizaram com o nome de Nossa Senhora do Vale, visto que os homens que a tinham salvo pertenciam à família Vale.
Mas não acabou aqui a lenda desta imagem um pouco tosca, mas bela de Nossa Senhora, que foi trazida para a Capela de Leverinho e aí depositada. Daí saiu algumas vezes em procissão, mas devido ao seu porte e peso resolveram, então, que deveriam despedaçar-lhe as costas, tornando-a oca, para que o seu transporte fosse mais fácil.
Além deste acto de crueldade, a imagem foi dada como profanada por não ser reconhecida por nenhum pároco ou bispo e não se saber qual a sua proveniência.
Neste momento, encontra-se na Sacristia da Capela de Leverinho e lá permaneceu todos estes anos no anonimato.
19 dezembro 2005
LOMBA
História
A Freguesia de Santo António da Lomba fica situada na margem esquerda do rio Douro, nas fraldas da serra.Esta Freguesia é antiquíssima e possuidora de belas paisagens naturais.Aqui esteve situada possivelmente a capital do vasto território de Aréjia (ou Anégia). Esta cidade era na altura uma das mais importantes da região.
A Freguesia de Santo António da Lomba fica situada na margem esquerda do rio Douro, nas fraldas da serra.Esta Freguesia é antiquíssima e possuidora de belas paisagens naturais.Aqui esteve situada possivelmente a capital do vasto território de Aréjia (ou Anégia). Esta cidade era na altura uma das mais importantes da região.
O povo da Lomba era antigamente pescador e lavrador, profissões, hoje, em vias de extinção. Tal como os serões passados à volta da lareira à luz da vela, onde eram recitados poemas e contadas histórias, nomeadamente uma história que contava a origem das povoações ribeirinhas da Lomba para cima, a Lenda da Moura.Contam os mais velhos, que quando os mouros habitavam a Península Ibérica, existia uma jovem e bela princesa que se apaixonou por um príncipe cristão. O seu pai, defensor da religião muçulmana, perseguia os que acreditavam no cristianismo, não consentia, de maneira alguma, o casamento da sua filha com o príncipe cristão.
Por este motivo, os dois jovens tiveram que enfrentar muitos obstáculos na defesa do sentimento que os unia.
A princesa e a sua família viviam juntos à zona ribeirinha do Douro.Um dia a jovem princesa, triste com a sua sorte, resolveu navegar rio acima com o seu amado. Logo apareceram inimigos a persegui-los com más intenções, levando-os a rumar para terra, para ali se esconderem do perigo.
Ao sair do barco, a princesa, já muito cansada, pôs o pé numas rochas que ali havia, ficando a marca do seu pé na primeira pedra que pisou. Nasceu, deste modo, PÉ-DE-MOURA.
Fugiu de seguida por entre matagais até uma serra, nascendo LOMBA.Continuou a sua viagem por maus caminhos, já cansada e magoada dos pés, sentou-se, num sítio junto ao rio, e nasceu a povoação de PEDORIDO. Muito desanimada, chorou nos ombros do seu amado e continuou viagem, furiosa com tudo o que se passava. Nasceu então RAIVA.Os seus perseguidores já estavam perto e, um pouco mais acima, as águas calmas e límpidas do Douro, de repente, ficaram agitadas e surgiu uma enorme tempestade e o Douro tornou-se RIO MAU. Tão mau que fez naufragar o barco onde ia a princesa e o seu amado, afogando os que nele seguiam. Mais tarde o corpo da princesa apareceu na margem, nasceu a povoação MOURA MORTA.O pai da princesa, quando viu o corpo de sua filha jazido no chão, arrependeu-se, mas já era tarde de mais. E assim termina a lenda da MOURA que é orgulhosamente transmitida aos mais novos pelos antepassados e que constitui um património cultural desta Freguesia.
25 novembro 2005
Valbom - Apontamentos Históricos
A Vila de Valbom não revela, adentro das suas fronteiras terrestres, quaisquer vestígios arqueológicos susceptíveis de determinar a sua fundação. Mas, olhando aos objectives achados em povoações contíguas, designadamente, nós castrejas em Rio Tinto e em Melres, " coup de poinges ", no Esteiro de Campanhã, etc., é possível fixar as suas origens no 1° período do Paleolítico, ou seja, na Idade da Pedra Lascada.
Mais documentada é a época da dominação romana, através de moedas achadas no Monte Crasto, em Gondomar, das minas de ouro e de prata ainda visíveis no Concelho de Gondomar e, sobretudo, pelo étimo do topónimo VALLISBONA, que, de forma irregular deu VALBOM.
Há razões para crer que foi povoada em data anterior à da Nacionalidade Portuguesa.
O Vale bom é de inspiração romana e corresponde à zona de Chêlo, em que a vista se espraia por mais vasta, de campos verdes e produtivos, a contrastar com as agrinhas marginais do Ribeiro de Gramido, oriundo das fraldas do Monte Crasto, passa por Santo André, Gandra, S. Miguel, Lourido, S. Cosme, Várzea e desagua em Gramido, Valbom, as suas magras águas.
Foi Vila durante a dominação romana, e figura como tal, a par de outras Vilas, hoje suas componentes, nas Inquisições de 1258; "Hic incipit ville que vocatur vallis bonus, et parrachia norum ecclesie sancti vincenti (Vireximi) eiusdem loci ".
Já era paróquia no ano de 1122.
A sua igreja ficou a pertencer, após várias doações dos seus padroeiros particulares, à Igreja do Porto, que o bispo D. Geraldo anexou ao cabido portucalense, em 1307, e assim se conservou durante séculos.
Por isso, era o Cabido da Sé do Porto quem representava o abade da Igreja de Valbom.
É da tradição que teve como primeira Igreja matriz a Capela de S. Roque, existente no lugar com este nome.
Pertenceu sempre ao Concelho de Gondomar, mas viu a sua área reduzida por força do Decreto de 13 de Janeiro de 1898. Desde então, o lugar e Rua de Campanhã de Baixo, e os lugares de S. Pedro, Fatum, Meiral, Granja, Outeiro do Tine e Campos, foram desanexados a esta freguesia, e ficaram fazendo parte da de Campanhã, que já desde 1896, pertencia ao Bairro Oriental da Cidade do Porto.
Tem por orago São Veríssimo, natural de Lisboa que, com suas irmãs Maxima e Júlia, foram martirizadas pelo imperador Diocleciano.
Orograficamente, a povoação é um planalto que, ao longo de cinco quilómetros, com início no Rio Torto, em Campanhã, se estende pela calçada de Fonte Pedrinha e Rua Dr. Joaquim Manuel da Costa, até Gondomarinho, e daqui até às fraldas do Monte Crasto.
A terra é fertilíssima e outrora muito aproveitada, banhada a sul pelo Rio Douro que, em curvas sinuosas, segue a Estrada Marginal, desde Gramido até Ribeira d' Abade, limite ocidental da Vila.
Tem cerca de 27.000 habitantes, que povoam os seguintes lugares ( por ordem alfabética ), Archeira, Arroteia, Barreiros, Camboas, Cova da Má, Culmieira, Fonte Pedrinha, Gramido, Lagoa, Rossamonte, São Roque, Valbom de Baixo, Vila Verde e Vinha. Actualmente, predomina a indústria de Marcenaria, mantendo-se ainda, a de ourivesaria.
In "Roteiro 2001"
Baguim do Monte - Apontamentos Históricos
Foram estas terras habitadas desde tempos muito remotos, anteriores à nacionalidade. Pela configuração da pequena colina onde se situa a Igreja de S. Brás adivinha-se a localização de um crasto, origem da antiga povoação.A primeira notícia histórica das terras de Baguim consta de uma «Carta de doação que Froila faz a Leodorigo e esposa», datada de 6 de Abril de 994, na qual é mencionada «uma herdade que tenho na vila de Sevilhães e Baguim, abaixo do monte de Gondomar, por onde passa o rio de Campanhã, perto do rio Douro».Orgulhosa de um rico passado histórico e de Filhos ilustres que ao longo dos tempos a enobreceram, a freguesia de Baguim do Monte é hoje uma Terra em franco progresso, à conquista do futuro.Dentro dos seus limites vive uma população que aumenta dia a dia, gente pacífica, laboriosa e empreendedora, sendo de salientar a agricultura e a indústria.À beleza natural da paisagem verde (mais de um terço do território) juntam-se modernos e belos edifícios, num crescimento harmonioso da Freguesia que muitos escolhem para viver.
03 novembro 2005
Baguim do Monte -Heraldica
Armas
Escudo de prata, um pé de videira de dois ramos, folhado de verde, frutado de púrpura, nascente de um monte de negro movente da ponta e carregado de quinze besantes de ouro postos, um, dois, três, quatro e cinco; em chefe, cálice de púrpura realçado de ouro. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas: “ BAGUIM DO MONTE “.
Símbologia
O monte de negro - Sugere as terras de Baguim situadas na encosta da serra, de negro para representar a terra fértil e significa perseverança na adversidade num combate, tantas vezes, árduo e penoso.
A videira de verde - Recordam o antiquíssimo cultivo da vinha na região e o reconhecido valor dos seus vinhos. A púrpura significa o respeito pelos outros e o dever consciente de cumprir, sempre manifestado pelas gentes de Baguim.
O cálice - Representa o copo de prata descrito no primeiro documento sobre Baguim, o qual menciona também a doação destas terras.
Os quinze besantes de ouro - Simbolizam os quinze soldos (antiga moeda portuguesa) mencionados no referido documento da doação de Baguim. O ouro, como metal nobre, significa a fidelidade e a constante dedicação do seu povo.
Escudo de prata - Significa a fidelidade ao conceito de "verdade" procurada na riqueza dos testemunhos encontrados.
27 outubro 2005
25 outubro 2005
Vila de S. Pedro da Cova
As referências históricas sobre S. Pedro da Cova remontam aos princípios da fundação de Portugal: 1138, o "Couto de S. Pedro da Cova" foi doado por D. Afonso Henriques a D. Pedro Rebaldis, sucessor de D. Hugo, Bispo do Porto.
Em 1379, D. Afonso III confirmou a doação do Bispo do Porto do "Couto de S. Pedro da Cova", no julgado de Gondomar.
Com a extinção dos coutos em 1820, a Freguesia de S. Pedro da Cova adquiriu a designação de Concelho, que foi extinto em 1836.
Extinto o "Concelho de S. Pedro da Cova", a povoação passou a pertencer definitivamente ao Concelho de Gondomar.
Sendo um aglomerado populacional contínuo, S. Pedro da Cova é constituído pelos seguintes lugares: Bela Vista, Belói, Bouça do Arco, Carvalhal, Cimo da Serra, Covilhã, Ervedosa, Gandra, Mó, Passal, Ramalho, Silveirinhos, Tardariz, Vale do Souto, Vila Verde.
Embora ligados urbanísticamente, tais lugares mantêm, ainda uma identidade própria, fruto de uma enraízada tradição.
Segundo o "Censo Demográfico de 1930", S. Pedro da Cova tinha nessa data 4.298 habitantes, o que correspondia a cerca de 9% da população residente no Concelho de Gondomar.
Actualmente as estimativas mais credíveis apontam para a existência de cerca de 20.000 habitantes (Censos/91-18.006).
Situada a escassos 10 Km da Cidade do Porto e a 4 Km da sede do Concelho (Cidade de Gondomar - S. Cosme), a Vila de S. Pedro da Cova tem uma área de 16,1 Km2, correspondente a 12% da área total do Concelho de Gondomar.
Confronta: a Norte com a Vila de Fânzeres (Gondomar) e com o Concelho de Valongo; a Sul com as Freguesias de Jovim e Foz do Sousa (Gondomar); a Oeste com a Vila de Fânzeres e a Cidade de Gondomar (S. Cosme); e a Este com os Concelhos de Valongo e Paredes.
Perde-se, pois, nos tempos históricos a fundação medieval da hoje Vila de S. Pedro da Cova.
De cariz profundamente agrícola, ela torna-se um centro industrial de grande importância após a descoberta (em 1802), do carvão, antracite existente no seu subsolo. Inicia-se timidamente a sua exploração e, mais tarde, já nos anos trinta, intensifica-se a sua extracção em grande escala.
Tornou-se então um centro catalizador de migração. Várias gerações de trabalhadores fizeram desta terra o seu ganha-pão, contribuindo assim para um ascenso demográfico assinalável.
Isolada que estava, apesar da proximidade do Porto, viu rasgarem-se novos horizontes e o nome de S. Pedro da Cova, começa então a ser conhecido em Portugal como "Terra Mineira".
Como consequência surge a primeira ligação de transportes ao Porto, com a construção da linha do eléctrico, proporcionando um contacto mais regular com uma nova realidade, consubstanciada na grande cidade.
A baixa dos preços do petróleo traz a crise e as Minas fecham, em 1970.
Paradoxalmente, as populações, que julgariam perdidas todas as esperanças de vida, integram-se perfeitamente num mundo laboral novo, completamente diferente do seu.
Fica para trás o atraso secular então reinante e novas perspectivas se abrem com melhores condições.
Com a evolução dos tempos vai surgindo um novo tipo de operariado e de serviços.
S. Pedro da Cova deixa de ser fechada para se abrir ao mundo exterior e, passo a passo, dilui-se na grande área Metropolitana do Porto, passando a ser um autêntico dormitório da cidade.
Simultâneamente, novas indústrias como a Ourivesaria, a Metalomecânica, Mobiliário, Maleira, Eléctrica, Comércio e até Serviços vão aparecendo.
Do pequeno burgo de outrora S. Pedro da Cova transforma-se num imenso agregado populacional. Infelizmente esse aumento não se fez acompanhar de melhores condições de vida na mesma proporção. Isto é, o crescente bem-estar ficou muito aquém do que seria de esperar, do que seria necessário.
E se após o 25 de Abril de 1974 algo mudou, foi também graças ao Poder Democrático com ele instaurado que uma nova gestão autárquica trouxe vida nova a S. Pedro da Cova.
Criadas as condições objectivas essenciais com evidentes sinais de crescimento e desenvolvimento económico e consequentemente de melhores condições e qualidade de vida para as populações, torna-se realidade uma velha aspiração da população de S. Pedro da Cova com a aprovação, pela Assembleia da República, em 30 de Junho de 1989, da elevação da freguesia a Vila.
Premiou-se assim as gentes desta terra laboriosa pela vitória na luta contra o sofrimento e atraso de outrora, pela riqueza do trabalho executado ao longo dos tempos como muito bem se patenteia no Brasão de Armas da sua bandeira.
Texto enviado por Pedro Ferreira
24 outubro 2005
Melres
A fundação de Melres, perde-se na memória do tempo, mas com toda a certeza pode-se afirmar que ela remonta ao período dos Lusitanos, uma vez que é a este povo que se atribui a execução de galerias, nas minas de extracção de metal e que ainda existem aqui nas serranias circundantes, nomeadamente as do Faxo, Vale do Fundo, Banjas e serra de Montezelo.
A prova documental mais antiga remonta ao ano de 951 e testemunha a doação do lugar de "MELLARES", pelo Rei de Leão, Ramiro II, à Condessa Mumadona Dias, neta de Vimara Peres.
Nas "Inquirições", ordenadas por D. Afonso III, já se faz referência ao número de casais e fogos que então aqui existiam e em 1369, D. Fernando ordena que Melres seja considerada termo da cidade do Porto, demonstrando assim a importância geográfica e estratégica que Melres já detinha nesse tempo. D. Fernando, ao casar com Dona Leonor de Teles e para reforçar o seu título de Rainha, doou-lhe várias "villas do seu senhorio", incluindo a "TERRA DE MERLLES EM RRIBA DE DOIRO"
Outro marco histórico, aconteceu no ano de 1395, quando D. João I, por carta de 2 de Maio, cede como honra, o "lugar de Santiago" ao então alcaide da cidade do Porto, Pêro Rodrigues Bocado.
Todavia, o marco histórico mais relevante, ocorreu no reinado de D. Manuel I, em 15 de Setembro 1514, quando deu ou confirmou o foral à "VILA DE MELRES". Da importância de Melres na época, atenta bem a referência feita no dito Foral, do centro piscatório e agrícola e dos tributos que sobre a sua actividade recaíam.
Em 1661, D. António Luís de Meneses, 1º Marquês de Marialva e 3º conde de Cantanhede, obteve o senhorio desta Vila. Portanto, enquanto durou a dependência e dado que aquele título era "juro e herdade", a vida política, económica e religiosa , ficou sempre ligada à condição dos Marqueses de Marialva.
Melres foi concelho com Câmara e Justiça próprias, até 1834, altura em que foi extinto, por decreto lei de Mouzinho da Silveira, após a implantação do regime liberal e integrada no actual Concelho de Gondomar.
Melres mantém ainda, alguma das características , próprias da sua ruralidade, mas poder-se-à dizer, que o crescimento harmonioso dos últimos anos, aliado às suas potencialidades turísticas e paisagísticas, à sua beleza e tranquilidade e ao espírito acolhedor da sua gente, fazem desta Freguesia, um pólo de atracção turística, não só pela nobreza do "Solar da Bandeirinha" e dos seus tectos em talha do séc. XVII, mas também a sua beleza natural e o seu e património histórico e cultural.
(Texto retirado do site da Junta de Freguesia de Melres)
20 outubro 2005
Cidade de Rio Tinto
Rio Tinto constiui uma das 12 freguesias do Concelho de Gondomar.
Rio Tinto foi, durante um pequeno período de tempo, sede de um concelho que compreendia as paróquias civis de Águas Santas, Covelo, Gondomar, S. Pedro da Cova, Rio Tinto, Valbom e Valongo. Constituido em 10 de Dezembro de 1867, o concelho viria a ser extinto um mês depois, sendo reposta a anterior divisão administrativa, com a reintegração da freguesia de Rio Tinto no Concelho de Gondomar.
Esta circunstância não impediu, no entanto, um desenvolvimento especialmente saliente na freguesia, de tal forma, que a localidade adquiriu o estatuto de vila, segundo deliberação da Assembleia da República, aprovada em 16 de Maio de 1984 e de cidade em 21 de Junho de 1995.
Desde sempre, Rio Tinto (que vive geograficamente aliado ao termo da Cidade do Porto) apresenta contornos físicos, geográficos e sociais, de conluio com as zonas circunvizinhas. Foi sempre um dos locais mais procurados nos arredores do Porto, dada a sua situação privilegiada, permitindo o desenvolvimento de actividades socioprofissionais, servida por vias de acesso directas e por serviços de transporte periódicos. Não admira, por isso, que a sua população já se aproxime dos 41 mil habitantes, muita dela marcada pelos fenómenos da periferia. Rio Tinto constitui uma alternativa para a procura habitacional, expandindo-se em termos urbanos, em detrimento dos seus característicos espaços rurais ainda presentes, todavia, na sua textura. Estas reminiscências tornam-na, por isso, apetecível, em função de uma tranquilidade necessária nos activos e movimentados dias de hoje.
Rio Tinto é a maior e mais urbanizada freguesia do concelho de Gondomar. Um documento do séc. XII refere-se ao lugar como vizinho de “Castrum amai” em território Portucalense. Foi pertença do alcaide Mendo Estrema, rico homem de Gondomar por ocasião da invasão mourisca de 1191.
O nome Rio Tinto terá a sua origem, segundo a lenda, na batalha travada entre Cristãos e Mouros. O sangue dos soldados tingiu as águas do pequeno ribeiro ficando o lugar a chamar-se de Rio Tinto.
Assim está registado em verso
O nome Rio Tinto terá a sua origem, segundo a lenda, na batalha travada entre Cristãos e Mouros. O sangue dos soldados tingiu as águas do pequeno ribeiro ficando o lugar a chamar-se de Rio Tinto.
Assim está registado em verso
"Guerra assim bradará aos céus
Ai! Pois tanto se lutaram
Que até o riacho ficara
Tinto de sangue, meu Deus!"
Existem autores como Simão Rodrigues Ferreira que consideram o nome de Rio Tinto existir antes deste célebre combate e justificam-no com a natureza do solo. O rio corre em terreno onde abunda o grés vermelho e daí a sua cor.
Existem autores como Simão Rodrigues Ferreira que consideram o nome de Rio Tinto existir antes deste célebre combate e justificam-no com a natureza do solo. O rio corre em terreno onde abunda o grés vermelho e daí a sua cor.
18 outubro 2005
Resumo Histórico
A origem toponímica baseia-se em duas opiniões diferentes: uma associada às minas de Ouro, ou GULD MALM - VILA GUMADES - visto terem existido, há muitos séculos atrás, minas com extração de ouro; e outra perspectiva, tem como fundamento o nome de FLAVIO GUNDEMARUS, rei visigodo fundador de uma povoação no ano de 610, actualmente Gondomar. Embora a povoação se diga de origem 'goda', existem também vestígios das civilizações Árabe e Romana. O primeiro foral ortorgado ao couto de Gondomar, data de 5 de Abril de 1193, por D. Sancho I, em Coimbra, confirmado posteriormente por D. Afonso II, em Santarém em 1218. É atribuído o último foral no reinado de D. Manuel, em Lisboa em 1514. Nos séculos seguintes o "julgado de Gondomar" não enquadrou sempre as actuais freguesias. Ao longo dos anos diversas modificações do estatuto e demarcações de algumas localidades - Melres, Rio Tinto, Lomba e São Pedro da Cova - fizeram variar a forma do concelho. Se bem que fossem integradas as referidas freguesias com todas as suas potencialidades, ao concelho já pertenceram Avintes - hoje ligada à cidade de Vila Nova de Gaia - e Campanhã - freguesia do Porto fronteiriça com os limites de Gondomar. Em 1868 são incorporadas no concelho as freguesias de Covelo, Fânzeres, Foz de Sousa, Jovim, Lomba, Medas, Melres, Rio Tinto, Melres, Rio Tinto, S. Cosme, S. Pedro da Cova, e Valbom. Em Outubro de 1927, Gondomar foi elevada a Vila, tendo subido a Cidade em 1991. Recentemente foi criada a Freguesia de Baguim do Monte e Rio Tinto e Valbom tornaram-se cidades. Este Concelho engloba 12 Freguesias - Gondomar, Baguim do Monte, Rio Tinto, Valbom, Fânzeres, S. Pedro da Cova, Jovim, Covelo, Foz do Sousa, Lomba, Medas e Melres, contando com cerca de 170.000 habitantes .
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