25 novembro 2005

Valbom - Apontamentos Históricos


A Vila de Valbom não revela, adentro das suas fronteiras terrestres, quaisquer vestígios arqueológicos susceptíveis de determinar a sua fundação. Mas, olhando aos obje­ctives achados em povoações contíguas, designadamente, nós castrejas em Rio Tinto e em Melres, " coup de poinges ", no Esteiro de Campanhã, etc., é possível fixar as suas origens no 1° período do Paleolítico, ou seja, na Idade da Pedra Lascada.

Mais documentada é a época da dominação romana, através de moedas achadas no Monte Crasto, em Gondomar, das minas de ouro e de prata ainda visíveis no Concelho de Gondomar e, sobretudo, pelo étimo do topónimo VALLISBONA, que, de forma irregular deu VALBOM.
Há razões para crer que foi povoada em data anterior à da Nacionalidade Portuguesa.

O Vale bom é de inspiração romana e corresponde à zona de Chêlo, em que a vista se espraia por mais vasta, de campos verdes e produtivos, a contrastar com as agrinhas marginais do Ribeiro de Gramido, oriundo das fraldas do Monte Crasto, passa por Santo André, Gandra, S. Miguel, Lourido, S. Cosme, Várzea e desagua em Gramido, Valbom, as suas magras águas.

Foi Vila durante a dominação romana, e figura como tal, a par de outras Vilas, hoje suas componentes, nas Inquisições de 1258; "Hic incipit ville que vocatur vallis bonus, et parrachia norum ecclesie sancti vincenti (Vireximi) eiusdem loci ".
Já era paróquia no ano de 1122.

A sua igreja ficou a pertencer, após várias doações dos seus padroeiros particulares, à Igreja do Porto, que o bispo D. Geraldo anexou ao cabido portucalense, em 1307, e assim se conservou durante séculos.

Por isso, era o Cabido da Sé do Porto quem­ represen­tava o abade da Igreja de Valbom.
É da tradição que teve como primeira Igreja matriz a Capela de S. Roque, existente no lugar com este nome.

Pertenceu sempre ao Con­celho de Gondomar, mas viu a sua área reduzida por força do Decreto de 13 de Janeiro de 1898. Desde então, o lugar e Rua de Campanhã de Baixo, e os lugares de S. Pedro, Fatum, Meiral, Granja, Outeiro do Tine e Campos, foram desanexados a esta freguesia, e ficaram fazendo parte da de Campanhã, que já desde 1896, pertencia ao Bairro Oriental da Cidade do Porto.

Tem por orago São Veríssimo, natural de Lisboa que, com suas irmãs Maxima e Júlia, foram martirizadas pelo imperador Diocleciano.

Orograficamente, a povoação é um planalto que, ao longo de cinco quilómetros, com início no Rio Torto, em Campanhã, se estende pela calçada de Fonte Pedrinha e Rua Dr. Joaquim Manuel da Costa, até Gondomarinho, e daqui até às fraldas do Monte Crasto.

A terra é fertilíssima e outrora muito aproveitada, banhada a sul pelo Rio Douro que, em curvas sinuosas, segue a Estrada Marginal, desde Gramido até Ribeira d' Abade, limite ocidental da Vila.
Tem cerca de 27.000 habitantes, que povoam os seguintes lugares ( por ordem alfabética ), Archeira, Arroteia, Barreiros, Camboas, Cova da Má, Culmieira, Fonte Pedrinha, Gramido, Lagoa, Rossamonte, São Roque, Valbom de Baixo, Vila Verde e Vinha. Actualmente, predomina a indústria de Marcenaria, mantendo-se ainda, a de ourivesaria.

In "Roteiro 2001"

Baguim do Monte - Apontamentos Históricos

Foram estas terras habitadas desde tempos muito remotos, anteriores à nacionalidade. Pela configuração da pequena colina onde se situa a Igreja de S. Brás adivinha-se a localização de um crasto, origem da antiga povoação.A primeira notícia histórica das terras de Baguim consta de uma «Carta de doação que Froila faz a Leodorigo e esposa», datada de 6 de Abril de 994, na qual é mencionada «uma herdade que tenho na vila de Sevilhães e Baguim, abaixo do monte de Gondomar, por onde passa o rio de Campanhã, perto do rio Douro».Orgulhosa de um rico passado histórico e de Filhos ilustres que ao longo dos tempos a enobreceram, a freguesia de Baguim do Monte é hoje uma Terra em franco progresso, à conquista do futuro.Dentro dos seus limites vive uma população que aumenta dia a dia, gente pacífica, laboriosa e empreendedora, sendo de salientar a agricultura e a indústria.À beleza natural da paisagem verde (mais de um terço do território) juntam-se modernos e belos edifícios, num crescimento harmonioso da Freguesia que muitos escolhem para viver.

03 novembro 2005

Postais antigos de Gondomar




Ponte sobre o Rio Sousa

Baguim do Monte -Heraldica


Armas
Escudo de prata, um pé de videira de dois ramos, folhado de verde, frutado de púrpura, nascente de um monte de negro movente da ponta e carregado de quinze besantes de ouro postos, um, dois, três, quatro e cinco; em chefe, cálice de púrpura realçado de ouro. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas: “ BAGUIM DO MONTE “.
Símbologia
O monte de negro - Sugere as terras de Baguim situadas na encosta da serra, de negro para representar a terra fértil e significa perseverança na adversidade num combate, tantas vezes, árduo e penoso.
A videira de verde - Recordam o antiquíssimo cultivo da vinha na região e o reconhecido valor dos seus vinhos. A púrpura significa o respeito pelos outros e o dever consciente de cumprir, sempre manifestado pelas gentes de Baguim.
O cálice - Representa o copo de prata descrito no primeiro documento sobre Baguim, o qual menciona também a doação destas terras.
Os quinze besantes de ouro - Simbolizam os quinze soldos (antiga moeda portuguesa) mencionados no referido documento da doação de Baguim. O ouro, como metal nobre, significa a fidelidade e a constante dedicação do seu povo.
Escudo de prata - Significa a fidelidade ao conceito de "verdade" procurada na riqueza dos testemunhos encontrados.